A estiagem que atinge o Rio Grande do Sul já trouxe impactos severos para 109 municípios desde o início do ano. Desses, 106 já decretaram situação de emergência devido à falta de chuvas e às perdas na agropecuária. Um dos casos mais críticos é o de Ibirubá, na região Norte do estado, onde o decreto entrou em vigor nesta quarta-feira (12).
Segundo o secretário de Agricultura de Ibirubá, Liberto Franck, os principais problemas ocorrem na zona rural, onde as chuvas têm sido irregulares e insuficientes. “Apesar da previsão de precipitações para a próxima semana, os técnicos da Emater acreditam que isso não será suficiente para reverter a situação”, afirma.
Desde novembro, o município não registra chuvas significativas, e os prejuízos já somam R$ 150 milhões em arrecadação, conforme levantamento da Emater. A cultura da soja é a mais afetada, com perda estimada em 35 sacas por hectare, de um potencial de 62,5 sacas por hectare. A estiagem também impacta a produção de leite e feijão. Além disso, a prefeitura precisou intensificar o fornecimento de água potável para moradores e animais em áreas afetadas, como Alfredo Brenner, Capela Fátima e São Sebastião.
Outro município que sofre com a estiagem é Uruguaiana, na Fronteira Oeste, onde o decreto de emergência já foi homologado pelo Governo do Estado e reconhecido pelo Governo Federal. Desde o final do ano passado, a prefeitura tem distribuído água potável para a população rural por meio de caminhões-pipa.
Até o momento, mais de 400 mil litros de água foram entregues. As localidades mais atendidas incluem Três Bocas (Plano Alto) e Barragem Sanchuri, além de 69 famílias em regiões como Vila Açude, Aferidor, Imbaá e Salso de Cima. A previsão é de que Charqueadas receba o abastecimento ainda nesta semana.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
