O valor da dúzia de ovos brancos na Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS) registrou uma alta de até 78,37% desde o final de novembro de 2024, com os preços passando de R$ 6,00 para R$ 8,33 entre janeiro e fevereiro deste ano. O aumento reflete uma série de fatores, incluindo as enchentes que afetaram aviários nas regiões produtoras, como o Vale do Taquari, e problemas logísticos causados pela destruição de estradas e pontes.
José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), explicou que o preço da proteína deve começar a baixar por volta de abril ou maio de 2025, à medida que o setor se recupera. A alta nos custos também foi impulsionada por questões como a estiagem e o impacto na produção de milho, essencial para a alimentação das aves, além de um surto da doença de Newcastle em julho de 2024.
A situação não é exclusiva do Rio Grande do Sul, com a elevação de preços também afetando outras regiões do Brasil. No entanto, Santos destaca que as condições locais do estado, incluindo o estresse calórico das aves devido às altas temperaturas recentes, agravam ainda mais o cenário.
Apesar da alta, o presidente da Asgav assegura que há produção suficiente para atender ao mercado interno, e que a tendência é de normalização dos preços após o período da quaresma. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também emitiu um comunicado destacando que os aumentos são sazonais, com a expectativa de que o mercado se estabilize nos próximos meses.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Leouve