O projeto de lei apresentado pelo vereador Capitão Leonel Carlan, que visa proibir a apologia às drogas, à erotização precoce e à criminalidade dentro das escolas de Cruz Alta, gerou intensos debates e reações divergentes. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Cruz Alta (SINCA) emitiu uma nota de repúdio à proposta, afirmando que ela poderia prejudicar a imagem da classe docente. Contudo, o vereador Carlan defende que a iniciativa não prejudica a categoria, mas, ao contrário, fortalece a autonomia dos professores, oferecendo uma base legal para que possam agir caso identifiquem comportamentos inadequados no ambiente escolar.
“Nosso objetivo é garantir que as escolas sejam um espaço seguro e saudável para nossos jovens, onde possam aprender sem influências externas que possam desviá-los de um caminho de desenvolvimento positivo. A medida dá respaldo ao educador, permitindo que ele intervenha quando necessário, algo que vem sendo progressivamente retirado de sua autoridade nas últimas décadas”, ressaltou Carlan.
O projeto não se limita ao campo educacional, mas também busca proteger os valores familiares e culturais, assegurando que as influências externas não manipulem as crianças quando os pais ou responsáveis não estão presentes. Carlan lembra que a mídia e outras produções culturais muitas vezes glorificam o crime, normalizam o uso de substâncias ilícitas e incentivam a erotização precoce das crianças, temas que, segundo ele, não devem ser tratados como assuntos triviais no ambiente escolar.
A proposta foi aprovada pela Câmara Municipal com ampla maioria, tendo apenas o vereador Adir Preto do Partido dos Trabalhadores (PT) votado contra. Com isso, a nova lei entrará em vigor assim que for sancionada pelo Executivo Municipal.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper