A última rodada de negociações sobre a segunda fase do cessar-fogo entre Israel e Hamas não teve progresso até o momento, de acordo com um representante do grupo palestino. Ainda não há confirmação sobre a retomada das conversas neste sábado (1º). A primeira fase do acordo, que expira hoje, suspendeu os combates na Faixa de Gaza por 15 meses e permitiu a libertação de 33 reféns, incluindo oito corpos, em troca de quase 2 mil prisioneiros palestinos. Apesar do impasse, os confrontos não devem ser retomados enquanto as negociações estiverem em andamento.
O acordo firmado entre as partes prevê três fases para encerrar a guerra. Oficiais de Israel, Catar, Egito e Estados Unidos participaram das tratativas no Cairo para viabilizar a segunda etapa, que inclui a libertação dos reféns restantes e a retirada das tropas israelenses. O Hamas não esteve diretamente nas negociações, sendo representado por mediadores egípcios e catarianos.
Basem Naim, membro do escritório político do Hamas, afirmou que não houve "nenhum progresso" antes da saída dos negociadores israelenses do Egito na sexta-feira (28). Ainda não há definição sobre um possível retorno ao Cairo para a retomada das conversas.
Na sexta-feira, o Hamas declarou seu compromisso com todas as etapas do acordo e pediu à comunidade internacional que pressione Israel para avançar na segunda fase "sem atrasos ou evasões". O governo israelense, por sua vez, informou que as negociações também incluem formas de ampliar a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, visando aliviar o sofrimento da população e fortalecer a estabilidade regional.
O Hamas rejeitou uma proposta israelense de estender a primeira fase do cessar-fogo por 42 dias, alegando que a medida contraria os termos da trégua. A proposta previa a manutenção da pausa nos combates até o mês sagrado do Ramadã, iniciado neste sábado, em troca de uma nova troca de reféns.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
