A Polícia Federal (PF) enviou à Justiça Federal o relatório final da Operação Mujahidin, que investigou atos de terrorismo planejados por um morador de Porto Alegre. O homem, de 39 anos, está preso desde o dia da abordagem e pode enfrentar mais de 20 anos de prisão caso seja condenado por crimes relacionados ao terrorismo e racismo.
A operação, realizada em conjunto com a Brigada Militar e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), resultou na apreensão de um grande arsenal em sua residência, incluindo facas, espadas, soqueiras, simulacros de armas de fogo, coletes balísticos e material incendiário. O investigado, que estava em contato com extremistas no exterior, era conhecido por promover e incitar ódio religioso, com foco no povo judeu.
A operação revelou também material relacionado a grupos terroristas como Al-Qaeda e Estado Islâmico, além de conteúdos que promovem o nazismo e a supremacia branca. O indiciado manifestou interesse em integrar grupos terroristas, realizando pesquisas sobre atentados, fabricação de explosivos e como executar chacinas. A investigação, que começou em 2024, apontou que ele operava como um “lobo solitário”, mantendo comunicação via internet, em inglês, com radicais de fora do Brasil.
A Operação Mujahidin é nomeada em referência aos combatentes fundamentalistas islâmicos dispostos a se sacrificar por sua causa religiosa.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
