A ausência do trevo no projeto preocupa moradores, empresários e lideranças da região, que alegam que a mudança comprometerá a mobilidade, dificultará a entrada e saída do município e trará prejuízos econômicos. Fontoura Xavier é cortada pela BR-386, um dos principais eixos de ligação do norte gaúcho com a Região Metropolitana.

O presidente da Câmara de Vereadores, Bruno Brum (PDT), afirma que a exclusão do trevo principal pode isolar a cidade:

— O trevo já é precário, mas ficaríamos sem o principal acesso. Reivindicamos que ele seja mantido e reformado. Caso contrário, Fontoura ficará de fora do progresso, sem acesso direto à rodovia.

Além de moradores de Fontoura Xavier, o protesto reúne representantes de cidades vizinhas como São José do Herval, Pouso Novo, Mormaço, Tio Hugo, Barros Cassal e Soledade, todas impactadas pelo novo traçado.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha a manifestação e os bloqueios, que têm liberação a cada 20 minutos. Segundo os manifestantes, caso o trevo seja desativado, o acesso à cidade se daria apenas por um caminho alternativo, aumentando o percurso em cerca de 7 quilômetros.

"Todos os dias terei que desviar com caminhão carregado, percorrendo mais de três quilômetros só para conseguir entrar em Fontoura", lamenta o empresário Décio Muttoni.

A concessionária CCR Via Sul informou que aproximadamente 60% da duplicação entre Fontoura Xavier e Soledade já foi concluída, e que o acesso à cidade não está previsto no projeto atual. Segundo a empresa, como o trevo não está incluído no contrato de concessão, a solicitação foi encaminhada à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que ainda não se manifestou sobre o caso. O espaço segue aberto para posicionamento.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

Fonte: GZH