A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na manhã desta terça-feira (22) a Operação “Sem Desconto”, que investiga um esquema de cobranças indevidas aplicadas sobre benefícios do INSS, como aposentadorias e pensões. De acordo com as apurações, o prejuízo estimado chega a R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024. Parte dos mandados judiciais está sendo cumprida no Rio Grande do Sul.
Segundo a investigação, aposentados e pensionistas tiveram mensalidades associativas descontadas sem autorização diretamente nos valores de seus benefícios previdenciários. A PF aponta que o esquema envolvia entidades que realizavam os descontos de forma indevida, com possível conivência de agentes públicos e uso irregular de dados dos beneficiários.
No total, cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU participam da operação, que cumpre 211 mandados judiciais em 14 estados e no Distrito Federal. Estão entre as ordens judiciais seis mandados de prisão temporária, além do sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão. Seis servidores públicos foram afastados de suas funções por decisão da Justiça.
Além do Rio Grande do Sul, os mandados são cumpridos nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe e no Distrito Federal.
A operação busca desarticular o suposto esquema e responsabilizar os envolvidos por crimes como associação criminosa, estelionato contra a administração pública, falsidade ideológica e corrupção. As investigações seguem em andamento.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
