A colheita da soja no Rio Grande do Sul alcançou 80% da área cultivada, impulsionada por uma sequência de dias ensolarados e de tempo seco. Os dados são do Informativo Conjuntural divulgado recentemente pela Emater/RS-Ascar, que apontam que as condições climáticas estáveis favoreceram tanto o avanço da colheita quanto a logística no campo.
De acordo com a Emater/RS-Ascar, a baixa umidade do solo contribuiu para a redução no consumo de combustível e no desgaste de maquinários, além de oferecer condições ideais para o início da semeadura das culturas de inverno, sem a necessidade de intervenções para nivelamento do solo.
Os grãos colhidos apresentaram teor de umidade entre 12% e 13%, o que eliminou a necessidade de secagem nos armazéns e acelerou o escoamento da produção, antes comprometido pelas chuvas registradas em abril. A qualidade dos grãos também melhorou, com redução na incidência de grãos avariados. Contudo, ainda foram observados grãos verdes, reflexo da desuniformidade na maturação provocada pela combinação entre seca e retorno das chuvas no final do ciclo da lavoura.
O informativo indica que 17% das lavouras restantes já estão maduras e 3% encontram-se na fase de enchimento de grãos (R5). A baixa umidade também tem permitido aos agricultores reservarem sementes próprias para a próxima safra, com qualidade considerada satisfatória.
No aspecto comercial, a Emater/RS-Ascar registrou uma leve queda de 0,83% no valor médio da saca de 60 quilos da soja, que passou de R$ 128,31 para R$ 127,24 em relação à semana anterior.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper