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Colheita de soja no Rio Grande do Sul apresenta forte variação de produtividade, com destaque para perdas em várias regiões
Publicado em 01/05/2025 15:13
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A colheita da soja no Rio Grande do Sul está se aproximando de sua conclusão, mas os resultados têm mostrado grande variação nas produtividades. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (30), as flutuações nos rendimentos são reflexo das condições climáticas adversas e das diferentes datas de plantio adotadas pelos produtores.
Na Fronteira Oeste, a colheita avançou para mais de 80% em municípios como Alegrete, Maçambará e Itaqui. Em Alegrete, 80% dos 115 mil hectares cultivados foram colhidos, com produtividade variando entre 300 e 600 kg/ha, mas algumas lavouras implantadas tardiamente chegaram a até 1.200 kg/ha. Em Santa Margarida do Sul, a quebra de produtividade foi de 83%, com a média de 510 kg/ha, enquanto em Itaqui, a média foi de 480 kg/ha, com áreas alcançando até 1.500 kg/ha.
Na Campanha, o ritmo da colheita é mais lento, com destaque para Caçapava do Sul, onde 80% dos 40 mil hectares foram colhidos. Em Candiota, Aceguá e Bagé, a colheita atingiu 50%, com grandes variações nos rendimentos. Em Caxias do Sul, o processo de colheita ultrapassou 90%, com médias de até 4.200 kg/ha nas áreas mais favorecidas, mas com perdas nas zonas afetadas pela estiagem.
Outras regiões também apresentaram heterogeneidade nos resultados. Em Erechim, 98% da área foi colhida, com perdas superiores a 30% devido à falta de chuvas. Em Ijuí, a colheita atingiu 96%, com rendimento médio de 2.100 kg/ha. Já em Passo Fundo, 99% da área foi colhida, e em Pelotas, a colheita avançou de 48% para 56%.
Em Santa Rosa, a colheita alcançou 88%, com uma revisão negativa nas estimativas que superam 50%. As produtividades variam de 480 a 2.520 kg/ha, dependendo da distribuição de chuvas e do manejo adotado. A região de Soledade está com 93% da área colhida, com apenas lavouras tardias restantes.
A escassez de chuvas, especialmente em fevereiro e março, encurtou o ciclo das plantas, resultando em menor tamanho dos grãos e perdas significativas, o que impactou negativamente a produtividade geral no estado.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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