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Megaoperação contra facção prende 11 e bloqueia bens de luxo no RS e SC
Publicado em 06/05/2025 15:11
POLÍCIA
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, na manhã desta terça-feira (6), a Operação Litus, com o cumprimento de 75 medidas judiciais, entre elas 13 mandados de prisão preventiva. A ação é fruto de uma investigação da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) de Canoas, com apoio de mais de 150 policiais e diversas delegacias do Estado, além do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIE) da Polícia Civil e do setor de inteligência do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) da Brigada Militar.
Os mandados foram cumpridos em Canoas, Alvorada, Portão, Arroio dos Ratos, Charqueadas, Tramandaí, Imbé, Capão da Canoa, e também nos municípios catarinenses de Palmitos e São José. Até o momento, ao menos 11 pessoas foram presas. Durante a operação, foram apreendidas armas de fogo, munições e veículos. Também houve o bloqueio de bens móveis e imóveis ligados aos suspeitos.
As investigações começaram em março de 2024, a partir da prisão de dois homens por porte ilegal de arma de fogo de calibre restrito, em Osório. Com o avanço das apurações, a Draco identificou uma facção criminosa originada no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre, com atuação em Canoas e no Litoral Norte. O grupo está ligado a crimes como tráfico de drogas, homicídios, comércio ilegal de armas e extorsão por meio de agiotagem com cobranças abusivas e intimidação.
Segundo a Polícia Civil, os lucros das atividades criminosas eram utilizados para a compra de imóveis no Litoral gaúcho, que serviam tanto como residências quanto para locação em plataformas digitais, ampliando o patrimônio da facção. Um dos principais investigados adquiriu um terreno em um condomínio de alto padrão em Tramandaí, com o objetivo de viver próximo a autoridades públicas e empresários influentes do Estado.
De acordo com o delegado Gustavo Bermudes, titular da Draco de Canoas, o objetivo da operação é retirar de circulação criminosos de alta periculosidade e atingir financeiramente as organizações. “Ressalta que a Polícia Civil não permitirá que criminosos se infiltrem livremente no litoral gaúcho e usufruam dos benefícios locais em meio a pessoas de bem”, declarou.
O delegado regional de Canoas, Cristiano Reschke, afirmou que a ofensiva representou um golpe estratégico contra o crime organizado. “O êxito da investigação está no fato de trazer resultados preventivos, frustrando a audácia dos criminosos que pretendiam, com lavagem de dinheiro, adquirir um estilo de vida em ambientes próximos a autoridades públicas e empresários que residem no Litoral gaúcho”, destacou.
A Operação Litus continua em andamento, com novas diligências previstas nos próximos dias.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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