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Após 102 quedas de barreira, BR-470 entre Bento e Veranópolis passa por reconstrução com R$ 700 milhões em obras
Publicado em 07/05/2025 11:04
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Meses após o colapso causado pelas chuvas de maio de 2024, o trecho da BR-470 entre Bento Gonçalves e Veranópolis ainda vive uma rotina intensa de obras emergenciais e estruturais. Em apenas 24 quilômetros, foram registradas 102 quedas de barreira e oito rupturas completas da pista, exigindo uma reconstrução complexa que agora mira, além da recuperação, a prevenção contra novos desastres.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), mais de R$ 700 milhões já foram contratados para obras de reconstrução e para garantir maior resiliência da rodovia diante de eventos climáticos extremos. Entre as principais soluções técnicas em andamento está a instalação de cortinas atirantadas, que consistem em paredes de concreto ancoradas com barras de aço tensionadas, capazes de conter a movimentação do solo. “Falando de forma simples, é uma estrutura que resiste de maneira ativa aos esforços do terreno”, explica o engenheiro Bruno Macaé, que acompanha as obras.
Dois novos viadutos também estão no projeto, com o objetivo de permitir o escoamento seguro mesmo em caso de novos deslizamentos. “A ideia é não só reconstruir, mas deixar a rodovia mais preparada para enfrentar novos eventos dessa magnitude”, destaca Adalberto Jurach, chefe da Unidade Local do DNIT em Passo Fundo.
Para o diretor de Planejamento e Pesquisa do DNIT, Luiz Guilherme Rodrigues de Mello, as soluções adotadas são inovadoras e representam um avanço significativo na segurança viária. “Com as novas estruturas de contenção e os viadutos, a chance de a rodovia ser afetada novamente cai consideravelmente”, afirma.
Atualmente, a Serra das Antas opera em sistema de comboio com tráfego controlado entre o km 185 e o km 202. Durante a noite, das 23h às 6h, o trecho permanece totalmente interditado para permitir o avanço das obras com segurança. O objetivo do DNIT é devolver a trafegabilidade completa o mais rápido possível, conciliando a recuperação da infraestrutura com a continuidade do trânsito na região.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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