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Colheita da soja chega a 95% no RS, mas perdas e baixa produtividade preocupam produtores
Publicado em 14/05/2025 11:21
AGRO
A colheita da soja no Rio Grande do Sul alcançou 95% da área cultivada, conforme o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado recentemente. Em diversas localidades das regiões do Planalto e Alto Uruguai, no Norte e Nordeste do estado, os trabalhos já foram concluídos. O avanço foi favorecido pelo tempo seco e dias de sol prolongados, embora a intensa formação de orvalho nas manhãs tenha atrasado o início das atividades.
Apesar da boa evolução nas lavouras, a produtividade segue abaixo do esperado, oscilando entre 1.000 e 2.500 quilos por hectare. As médias inferiores às projeções iniciais refletem os efeitos do déficit hídrico enfrentado pelas plantações em diferentes fases do ciclo. As áreas remanescentes da safra, que somam cerca de 5%, estão em fase de maturação fisiológica e prontas para colheita.
A ausência de chuvas por até quatro semanas consecutivas em algumas regiões tem provocado a debulha natural dos grãos ainda no campo, intensificando as perdas. Na Região Oeste, a Emater/RS-Ascar identificou perdas médias de 80 quilos por hectare em grãos que caíram no solo antes mesmo da entrada das colhedoras.
Em resposta aos prejuízos, as indenizações dos programas Proagro e Proagro Mais têm sido liberadas com mais agilidade nesta safra, graças à flexibilização na exigência de documentos como as notas fiscais. No entanto, o acionamento de seguros — tanto públicos quanto privados — segue restrito a perdas expressivas. A limitação de cobertura do Proagro, que varia entre 25% e 50% conforme o calendário de plantio, tem impedido o acesso à compensação por parte de produtores com produtividade abaixo de 1.200 quilos por hectare, afetando principalmente agricultores do Pronamp e do grupo “Demais Produtores”.
Com o fim da colheita, os produtores aguardam a volta das chuvas para repor a umidade do solo e iniciar a semeadura das culturas de inverno, plantas de cobertura ou de adubação verde. Enquanto isso, realizam práticas de conservação e manejo do solo, como calagem, subsolagem e construção de terraços, com o objetivo de melhorar as condições do solo, favorecer a infiltração de água e conter processos de erosão hídrica.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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