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Papa Leão XIV defende casamento heterossexual e critica guerras em primeiro discurso a diplomatas
Publicado em 16/05/2025 13:58
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Em seu primeiro discurso a diplomatas de todo o mundo, nesta sexta-feira (16), o papa Leão XIV fez um aceno à ala conservadora da Igreja Católica ao afirmar que o casamento heterossexual é o "fundamento" de uma "sociedade harmoniosa e pacífica". O pontífice, que assumiu o cargo recentemente, também reafirmou a posição da Igreja contra o aborto, defendeu a liberdade religiosa e pediu respeito à dignidade dos imigrantes.
“É responsabilidade dos governantes trabalhar para construir sociedades civis harmoniosas e pacíficas. Isso pode ser alcançado, acima de tudo, investindo na família, fundada na união estável entre um homem e uma mulher”, afirmou o pontífice no Vaticano.
Foi a primeira vez que o norte-americano Robert Prevost abordou o tema do casamento desde que se tornou papa. Embora não tenha mencionado diretamente uniões homoafetivas, o novo líder da Igreja já havia se manifestado contra esse tipo de união antes de ser eleito. A postura contrasta com a do papa Francisco, que, mesmo mantendo a doutrina da Igreja sobre o casamento, autorizou bênçãos a casais do mesmo sexo e fez declarações mais inclusivas à população LGBTQIA+.
Durante o discurso, Leão XIV também falou sobre a questão migratória, destacando a dignidade das pessoas em situação de deslocamento. A declaração ocorre em meio a ações do governo dos Estados Unidos — liderado por Donald Trump — que intensificam a perseguição e deportação de imigrantes irregulares.
"Todos nós, ao longo de nossas vidas, podemos nos encontrar saudáveis ou doentes, empregados ou desempregados, vivendo em nossa terra natal ou em um país estrangeiro, mas nossa dignidade permanece sempre inalterada. É a dignidade de uma criatura querida e amada por Deus", declarou o papa, que nasceu em Chicago e viveu por anos como missionário no Peru.
Leão XIV também condenou os conflitos armados e o “impulso destrutivo de conquista”, citando especificamente a situação no Oriente Médio e na Ucrânia. Segundo ele, a Igreja não hesitará em usar "linguagem direta" para dizer a verdade aos poderosos do mundo.
O discurso reforça o perfil conservador do novo pontífice em temas sociais e morais, ao mesmo tempo em que aponta para uma continuidade no esforço diplomático e humanitário da Santa Sé.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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