Offline
Último ciclo de vistorias contra gripe aviária é realizado em Montenegro às vésperas do fim do vazio sanitário
Publicado em 16/06/2025 13:45
NOTICIAS
Equipes do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi) realizam nesta segunda (16) e terça-feira (17) o último ciclo de visitas a propriedades no raio de dez quilômetros do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1), identificado em uma granja de reprodução em Montenegro, no Vale do Caí.
As vistorias ocorrem 30 dias após a confirmação do foco, e às vésperas do encerramento do período de 28 dias de vazio sanitário, previsto para esta quarta-feira (18). Segundo a diretora do departamento, Rosane Collares, a meta é inspecionar 100% dos imóveis rurais da área delimitada até esta terça-feira, antecipando-se à previsão de chuvas intensas.
O trabalho mobiliza cerca de 30 servidores, divididos em oito equipes de campo, além da atuação de barreiras sanitárias volantes nas estradas da região. “Estamos com cerca de 30 servidores para dar mais essa garantia para o encerramento do foco. Amanhã (terça-feira, 17) tem uma previsão significativa de chuvas”, pontua Rosane.
O caso de Montenegro foi o primeiro registro de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil, o que resultou no bloqueio parcial das exportações brasileiras de carne de aves. Com o término do vazio sanitário, caberá ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) comunicar à Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) o controle do foco. O reconhecimento internacional da situação sanitária é essencial para a retomada plena das exportações.
Para Rosane Collares, o episódio serviu como um alerta importante para o setor avícola. “Sempre que ocorre um fato novo, dá uma sacudida. As pessoas param, olham para dentro (das granjas) e veem o que podem melhorar. O fato de ter chegado na avicultura comercial é um evento de grande relevância, principalmente para a iniciativa privada, para reforçar medidas de segurança”, declarou.
Ela também destacou os esforços de educação sanitária realizados na região, onde duas granjas comerciais operam. Uma delas foi a que registrou o foco; a outra optou por se despovoar por precaução. Segundo a diretora, ambas mantêm práticas sanitárias adequadas.
Nas criações de subsistência, ações educativas abordaram a importância de evitar que o excesso de ração permaneça nos ambientes, o que pode atrair aves silvestres e aumentar o risco de contaminação. “É um atrativo para chamar a atenção de aves silvestres, para que elas venham até as propriedades rurais”, explicou Rosane.
Apesar do encerramento próximo do vazio sanitário, Rosane alerta que a vigilância precisa continuar. “Estamos lidando com aves de vida livre. Então, não sabemos onde é que vai acontecer um próximo evento. Não se sabe aonde uma ave doente vai ter contato com aves sadias”, concluiu.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Comentários
Comentário enviado com sucesso!

Chat Online