Entre as oito vítimas fatais da tragédia com o balão de ar quente que pegou fogo e caiu em Praia Grande (SC) na manhã de sábado, 21/6, estão Fábio Luiz Izycki, natural de Barão de Cotegipe, e Juliane Jacinta Sawicki, nascida em Carlos Gomes. Os dois, que mantinham um relacionamento e estavam em viagem turística, morreram durante o voo que deveria durar cerca de 45 minutos, mas caiu apenas quatro minutos após a decolagem.
Fábio Luiz era primo do atual prefeito de Barão de Cotegipe e muito conhecido na comunidade local. Já Juliane era empresária da área de agronomia e atuava com consultoria rural na região de Áurea, no norte do Rio Grande do Sul. Amigos e familiares dos municípios de origem do casal publicaram diversas homenagens nas redes sociais, lamentando a tragédia que interrompeu a vida dos dois.
O balão decolou por volta das 7h com 21 pessoas a bordo. Segundo depoimentos de sobreviventes colhidos pela Polícia Civil de Santa Catarina, o incêndio começou ainda no início do voo, quando um maçarico, equipamento usado para gerar a chama que aquece o balão, pegou fogo dentro do cesto. O extintor presente no local não funcionou, impedindo o controle das chamas.
Com o balão perdendo altitude, 13 pessoas, entre elas o piloto, conseguiram saltar quando a aeronave ainda estava próxima do solo. Após isso, o balão voltou a subir por estar mais leve. Quatro vítimas, incluindo Fábio e Juliane, teriam se jogado a cerca de 45 metros de altura e morreram na queda. Outras quatro pessoas morreram carbonizadas quando o cesto, completamente tomado pelo fogo, despencou.
Além do casal gaúcho, também morreram Leandro Luzzi (33 anos), Leane Elizabeth Herrmann (70), Leise Herrmann Parizotto, Janaina Moreira Soares da Rocha (46), Everaldo da Rocha (53) e Andrei Gabriel de Melo. Todos os sobreviventes já receberam alta médica, após atendimento no Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Praia Grande.
A empresa responsável pela operação do balão atua na cidade desde setembro de 2024 e possuía autorização da prefeitura. A aeronave comportava até 27 pessoas ou 2.870 quilos. O voo turístico fazia parte de um pacote oferecido para sobrevoar cânions na região sul de Santa Catarina.
A Polícia Científica e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) acompanham o caso. Segundo o delegado Ulisses Gabriel, o inquérito irá apurar falhas no equipamento, ausência de manutenção, possíveis erros de operação e se as condições climáticas no momento, com previsão de instabilidade, apesar do sol, influenciaram na tragédia. As causas oficiais só serão confirmadas após laudos periciais.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper