Durante toda esta semana, o Polo UAB de Cruz Alta, sediado na Escola Estadual Dr. Catharino Azambuja, está promovendo a Exposição Itinerante de Arqueologia “O passado aflora nos cacos”, proporcionando aos estudantes da rede pública uma verdadeira viagem no tempo por meio de vestígios que revelam as origens do povoamento da região sul do Brasil. A atividade é gratuita, aberta ao público e segue até sábado, 27 de junho.
Coordenada pelo professor Fábio Vergara Cerqueira, com apoio da arqueóloga Luciana Peixoto (LEPAARQ/UFPel) e das bolsistas Isabella Lourenço e Maria Eduarda Ferreira Santana, do curso de Licenciatura em História da UFPel, a mostra apresenta um acervo diversificado de artefatos arqueológicos que datam desde o período pré-colonial até o século XIX. Entre os objetos expostos estão cerâmicas, instrumentos de pedra, ossos e utensílios utilizados por povos indígenas e comunidades coloniais que habitaram o território muito antes da chegada dos europeus.
Na quarta-feira (25), a exposição recebeu a visita de alunos da Escola Municipal Getúlio Vargas, que participaram de uma imersão educativa nos vestígios arqueológicos, observando de perto objetos que contam histórias de milhares de anos. Entre os destaques do acervo estão cachimbos cerâmicos, urnas funerárias, amoladores, boleadeiras, lâminas de machado, quebra-coquinho e utensílios femininos com pinturas florais datados entre 1845 e 1865.
A proposta da exposição vai além da contemplação: busca despertar a curiosidade científica, o respeito pela memória dos povos originários e a valorização do patrimônio arqueológico local. O acervo é composto por peças oriundas de diferentes tipos de sítios arqueológicos identificados no sul do Brasil, com ênfase em pesquisas realizadas pelo Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia (LEPAARQ) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
A exposição reforça o papel da ciência na construção do conhecimento histórico e promove a educação patrimonial como ferramenta para o reconhecimento e preservação da identidade cultural regional.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper