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Facção da Restinga é alvo de operação que mira esquema milionário de lavagem de dinheiro no litoral de SC
Publicado em 03/07/2025 08:46
POLÍCIA
Uma facção criminosa com base no bairro Restinga, na zona Sul de Porto Alegre, é alvo da Operação Costa Nostra, deflagrada nesta quinta-feira (3) pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. A ofensiva busca desarticular um esquema milionário de ocultação de valores oriundos do tráfico de drogas, envolvendo a aquisição de bens de luxo e investimentos no litoral de Santa Catarina.
Coordenada pela Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro, vinculada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a operação cumpre 143 ordens judiciais nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em solo gaúcho, os mandados de busca e apreensão estão sendo executados em Porto Alegre, Gravataí, Capão da Canoa e Tramandaí. Já em Santa Catarina, as ações ocorrem nas cidades de Camboriú, Porto Belo e Palhoça.
Segundo o delegado Rodrigo Pohlmann, que lidera a operação, o foco está na descapitalização do grupo criminoso, motivo pelo qual não foram solicitadas prisões nesta fase da investigação. "Quando combatemos a lavagem de dinheiro e atacamos a capacidade econômica das facções, por consequência também impedimos a compra de armas e o financiamento de homicídios", explica.
As investigações revelaram que a facção adquiriu uma pousada localizada na Praia do Caixa d'Aço, em Porto Belo (SC), avaliada em R$ 5 milhões, usada para mascarar lucros provenientes do tráfico. O local funcionou normalmente durante o ano passado e, mesmo em reformas nos últimos meses, continua oferecendo hospedagem por meio das redes sociais.
Além da pousada, os criminosos também investiram em outros empreendimentos, como uma casa de luxo avaliada em R$ 3 milhões, empresas de lavagem automotiva e até um restaurante. A Polícia Civil suspeita que outros imóveis tenham sido comprados com o mesmo propósito de lavar dinheiro.
“Já estamos trabalhando para identificar outras ramificações do esquema. Suspeitamos que o grupo criminoso tenha adquirido mais propriedades em Santa Catarina, sempre com o objetivo de ocultar os lucros do tráfico de entorpecentes”, conclui o delegado Pohlmann. A operação deve gerar novas ações e desdobramentos nos próximos meses.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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