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Exportações do agro gaúcho caem 15% em maio com impacto da estiagem e queda nas vendas de soja
Publicado em 03/07/2025 08:54
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As exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul registraram queda de 15% em maio deste ano em comparação com o mesmo mês de 2024. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (2) pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). O valor embarcado recuou de US$ 1,1 bilhão para US$ 1 bilhão, refletindo os impactos prolongados da estiagem sobre a produção agropecuária.
Em volume, a retração foi ainda maior: 17%, com redução de 1,6 milhão para 1,3 milhão de toneladas exportadas. A principal causa da queda, segundo a Farsul, foi a baixa oferta de soja em grão, cuja exportação teve recuo de US$ 146 milhões em relação ao ano anterior, resultado direto das perdas causadas pela seca no verão. Também apresentaram desempenho inferior os segmentos de fumo, produtos florestais e cereais. Já o arroz teve estoques limitados para exportação em razão da safra anterior.
No acumulado de janeiro a maio de 2025, o agronegócio gaúcho somou US$ 5,1 bilhões em exportações — uma queda de 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da retração, o setor representou 65% do valor total exportado pelo Estado no mês de maio, e respondeu por 85% do volume embarcado ao exterior.
A China voltou a ter participação relevante no mês, superando pela primeira vez no ano os 20% nas exportações do agro, com US$ 230 milhões — o equivalente a 22,9% do total. No entanto, no acumulado do ano, a presença chinesa segue abaixo dos níveis de 2024, principalmente pela suspensão temporária das importações de carne de frango, motivada por um caso de gripe aviária em território gaúcho.
Os principais destinos das exportações do Rio Grande do Sul em maio foram a Ásia (excluindo o Oriente Médio), com US$ 437 milhões e 763 mil toneladas, seguida pela Europa, com US$ 220 milhões (sendo US$ 203 milhões destinados à União Europeia), e pelo Oriente Médio, com US$ 194 milhões.
Entre os países, a liderança ficou com a China, seguida pelos Estados Unidos (9,4%), Indonésia (6,1%), Bélgica (5,9%) e Turquia (3,7%). A Farsul segue monitorando o comportamento dos mercados internacionais e os efeitos climáticos sobre a produção agrícola, que seguem como fatores centrais para o desempenho das exportações do setor no Estado.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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