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Publicitária brasileira morreu por múltiplos traumas após queda em trilha na Indonésia, aponta laudo do IML do Rio
Publicado em 09/07/2025 09:26
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O laudo pericial realizado pelo Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto (IMLAP), no Rio de Janeiro, confirmou que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu em decorrência de múltiplos traumas causados por uma queda de altura. A jovem brasileira faleceu no dia 21 de junho, após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. O corpo foi resgatado apenas no dia 24, após mais de quatro dias de buscas.

O relatório divulgado nesta terça-feira (08) aponta que Juliana sofreu lesões internas graves, com hemorragia causada por politraumatismos compatíveis com impacto de alta energia cinética. Os peritos estimam que ela sobreviveu por, no máximo, 15 minutos após o impacto. “Pode ter havido um período agonal antes da queda fatal, gerando sofrimento físico e psíquico, com intenso estresse endócrino, metabólico e imunológico ao trauma”, diz um trecho do documento. Como o corpo chegou ao Brasil já embalsamado, não foi possível determinar com precisão o horário da morte.

A necrópsia foi realizada após pedido judicial da família, que contestou os laudos elaborados pelas autoridades indonésias. A diligência contou com a presença de um perito da Polícia Federal e de um representante da família.

Na Indonésia, o laudo inicial apontou que Juliana morreu cerca de 20 minutos após uma das quedas sofridas na trilha, segundo o médico legista Bagus Alit. A vítima teria caído mais de uma vez: inicialmente foi localizada por drones a cerca de 200 metros da trilha, mas, ao ser resgatada, estava a mais de 600 metros do ponto original.

A família acusa as autoridades indonésias de negligência, demora no resgate e divulgação de informações contraditórias. A neblina densa e o terreno acidentado dificultaram a operação e impediram o acesso de helicópteros à área onde Juliana havia sido vista logo após o acidente.

Visitantes do Parque Nacional do Monte Rinjani, onde ocorreu o acidente, relataram falta de sinalização adequada e ausência de estrutura de apoio aos turistas. O governador da província indonésia admitiu que o parque não dispõe de equipamentos e equipes preparados para resgates em áreas de difícil acesso como a encosta onde Juliana caiu.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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