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Dor no nervo ciático: causas, sintomas e quando buscar tratamento especializado
Por FRANCISCO DAROLD
Publicado em 01/08/2025 15:50
SAÚDE

A dor lombar que irradia para a perna, muitas vezes acompanhada de formigamento, dormência e dificuldade para caminhar, é comumente associada ao nervo ciático. Mas o que exatamente causa esse tipo de dor? Para esclarecer dúvidas sobre o tema, o neurocirurgião Dr. Rodolfo Carneiro participou de uma entrevista no programa Bendita Hora, da Rede Vida no YouTube, abordando de forma clara as causas da dor ciática, os principais sintomas e quando procurar atendimento médico.

Com experiência internacional em cirurgia de coluna e fundador da clínica Coluna e Neuro, em São Paulo, Dr. Rodolfo explicou que o nervo ciático é o maior nervo do corpo humano e se localiza na região lombar, justamente onde há maior propensão a desgastes e alterações estruturais. “A região lombar, que vai da quarta vértebra lombar até o osso sacro, é uma das regiões com maior incidência de degeneração dos discos vertebrais. E justamente nessa área passa o nervo ciático”, explicou.

Uma das principais causas de dor no nervo ciático, segundo ele, é a hérnia de disco — condição em que o disco intervertebral se rompe ou se desloca em direção ao nervo. Esse deslocamento pode provocar inflamação, compressão mecânica ou formação de aderências, gerando dor intensa.

A popular expressão “coluna pinçada”, segundo o neurocirurgião, descreve de maneira aproximada a realidade clínica. Porém, ele alerta que nem toda dor lombar com travamento é causada pelo ciático. “Muitas vezes, o paciente apresenta contratura muscular intensa ou estiramento de ligamento, sem envolvimento direto do nervo.”

Entre os sintomas mais comuns da dor ciática estão:

– Dor lombar que irradia para nádegas, coxa ou perna

– Sensação de queimação ou formigamento em uma das pernas

– Dormência ou perda de força nos membros inferiores

– Dificuldade para caminhar ou permanecer sentado

O especialista destaca que, embora muitos pacientes convivam com a dor por semanas antes de procurar ajuda, o ideal é buscar um neurocirurgião assim que os sintomas interfiram nas atividades cotidianas. “Nem todo caso exige cirurgia. Muitas vezes, fisioterapia, medicamentos e reeducação postural são suficientes. O fundamental é que o diagnóstico seja feito com precisão, por um profissional que conheça profundamente a anatomia da coluna.”

Com formação complementar em centros de referência como o Wooridul Spine Hospital, na Coreia do Sul, e o Hospital Maria-Hilf, na Alemanha, Dr. Rodolfo Carneiro é referência em técnicas minimamente invasivas para tratamento de patologias da coluna vertebral. Na clínica Coluna e Neuro, ele coordena uma equipe multidisciplinar voltada para diagnósticos precisos e reabilitação individualizada.

“Cada dor tem uma história. Nosso papel é ouvir, investigar e tratar com respeito à individualidade de cada paciente”, conclui o especialista.

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