Estudos recentes da Organização Meteorológica Mundial (OMM) indicam aumento da probabilidade de desenvolvimento de um novo La Niña, fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico equatorial. A condição pode influenciar o clima global, incluindo padrões de chuva e temperatura no Brasil.
Atualmente, o Rio Grande do Sul permanece em neutralidade climática, sem aquecimento ou resfriamento significativo do Oceano Pacífico. No entanto, dados internacionais apontam para um resfriamento sequencial, indicando que o fenômeno pode se instalar ainda em 2025. A previsão é de 55% de chance de La Niña de setembro a novembro, subindo para 60% entre outubro e dezembro.
O La Niña faz parte do ciclo El Niño-Oscilação Sul (ENOS), que afeta a circulação atmosférica tropical. Entre 2020 e 2023, ocorrências do fenômeno reduziram chuvas e provocaram temperaturas abaixo da média no Estado.
Especialistas do Inmet e do Simagro-RS destacam que, caso se confirme, o La Niña deve ser de baixa intensidade e curta duração, trazendo efeitos relativamente leves ao Rio Grande do Sul. Espera-se redução moderada da chuva na primavera e início do verão, com períodos de precipitação dentro ou ligeiramente acima da média em algumas regiões nos meses iniciais do fenômeno.
Enquanto isso, o clima no Estado segue com variações mais imprevisíveis, devido à ausência de influência significativa de La Niña ou El Niño, o que mantém a neutralidade climática e limita previsões de longo prazo.
*Agora no Vale
Rádio Cidade Cruz Alta/TC