O Papa Francisco, de 88 anos, passou por um episódio de broncoespasmo isolado nesta sexta-feira (28), o que resultou em uma piora no quadro respiratório já debilitado pela pneumonia dupla. Segundo o boletim médico divulgado pelo Vaticano, o pontífice foi submetido prontamente à ventilação mecânica não invasiva e apresentou uma boa resposta nas trocas de gases. No entanto, o prognóstico segue reservado.
Apesar do episódio de piora, Francisco se manteve consciente e colaborou com os procedimentos médicos, enquanto as sessões de fisioterapia respiratória e momentos de oração na capela do hospital marcaram sua manhã. À tarde, o pontífice sofreu um episódio de vômito com inalação, agravando ainda mais sua condição respiratória. Durante a manhã, ele recebeu a Eucaristia, conforme informado pela Santa Sé.
O papa está internado no hospital Gemelli, em Roma, desde o dia 14 de fevereiro, quando foi admitido inicialmente para tratar uma bronquite. O quadro, no entanto, se agravou com o tempo. Embora o prognóstico continue "reservado", os boletins médicos das últimas semanas indicam uma progressão de melhora, com a remissão de uma leve insuficiência renal.
Na quinta-feira (27), o boletim médico informava que o estado de saúde do pontífice estava melhorando, mas que, devido à complexidade do quadro clínico, seriam necessários mais dias de estabilidade antes de uma mudança no prognóstico. Apesar de sua internação, o Papa Francisco retomou suas atividades no hospital no início da semana, embora sem fazer aparições públicas.
A situação gerou grande preocupação entre os fiéis, que se reuniram em frente ao hospital Gemelli para acender velas em apoio à recuperação do pontífice. A Igreja Católica pediu orações por sua saúde em todo o mundo.
A internação do papa reacendeu debates sobre sua saúde, principalmente pelo fato de ocorrer no início do ano jubilar da Igreja Católica, um período repleto de eventos importantes. Nas últimas semanas, o inchaço no rosto de Francisco foi notado, mas o Vaticano não forneceu detalhes sobre a causa dessa condição.
De acordo com o chefe do serviço de Infectologia do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia, Alessandro Pasqualotto, o inchaço não parece ter relação com a infecção atual ou com os antibióticos que o papa possa estar usando, sugerindo a possibilidade de uma condição de saúde não revelada.
As infecções polimicrobianas, que envolvem a ação simultânea de diferentes bactérias e, em alguns casos, vírus, fungos e parasitas, são mais comuns em idosos e podem complicar doenças respiratórias como a pneumonia, causando sintomas como tosse, falta de ar e febre.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper