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Adolescente de Pelotas é apreendido por ligação com grupo que incentivou ataque a sem-teto no RJ transmitido ao vivo
Publicado em 17/04/2025 15:39
POLÍCIA
A Polícia Civil apreendeu um adolescente de 17 anos em Pelotas, na Região Sul do Estado, suspeito de integrar um grupo criminoso que atua na internet promovendo crimes de ódio. O jovem é apontado como um dos envolvidos na instigação de um ataque brutal contra um homem em situação de rua no Rio de Janeiro, ocorrido em fevereiro deste ano. A vítima teve 70% do corpo queimado após ser atingida por coquetéis molotov e o crime foi transmitido ao vivo, por meio da plataforma Discord, para uma audiência de cerca de 220 pessoas.
A ordem de apreensão foi cumprida na terça-feira (15) pela delegada Lisiane Mattarredona, e o jovem foi encaminhado ao Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Pelotas. Segundo a delegada, o adolescente negou participação no ataque durante depoimento, mas foram apreendidos celular e equipamentos de informática em sua residência, que serão analisados e encaminhados à investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A ação fez parte da Operação Adolescência Segura, deflagrada em sete estados com o objetivo de desarticular uma das maiores redes criminosas voltadas a crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. No total, sete menores de idade foram apreendidos e dois adultos presos.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso atuava em plataformas digitais criptografadas, como Discord e Telegram, onde promovia “competições” envolvendo crimes como tentativa de homicídio, incentivo à automutilação, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo, e até armazenamento e divulgação de pornografia infantil.
O caso que motivou a operação ocorreu no dia 18 de fevereiro, no Rio de Janeiro. Um adolescente lançou dois coquetéis molotov contra um morador de rua, enquanto um adulto filmava e transmitia a ação em tempo real para o grupo. O agressor foi apreendido e o responsável pela filmagem foi preso.
Segundo a Polícia Civil fluminense, o grupo era altamente organizado e utilizava técnicas de manipulação psicológica para recrutar crianças e adolescentes, oferecendo recompensas internas para quem se destacasse nas ações criminosas. As atividades da quadrilha chamaram a atenção de agências norte-americanas especializadas em crimes cibernéticos, como a HSI e o NCMEC, que colaboraram com as investigações.
Os investigados poderão responder por diversos crimes, como associação criminosa, indução à automutilação, tentativa de homicídio e maus-tratos a animais, com penas que podem ultrapassar os 10 anos de prisão.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: GZH
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