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Oferta de morangos cai no RS por causa do clima e preços chegam a R$ 50 o quilo
Publicado em 27/06/2025 09:08
AGRO
A oferta de morangos no Rio Grande do Sul apresentou queda significativa neste início de safra, conforme aponta o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (26) pela Emater/RS-Ascar. A redução na produção está associada a problemas climáticos, como excesso de umidade, baixa luminosidade e variações na floração das plantas, o que tem impactado diretamente a produtividade em diversas regiões do Estado. Com menor disponibilidade do fruto, os preços subiram e chegaram a R$ 50 por quilo em algumas localidades.
Na região de Caxias do Sul, a produção segue em ritmo lento, com floração reduzida. O preço do morango in natura oscilou entre R$ 35,00 e R$ 50,00 por quilo, enquanto o congelado foi vendido entre R$ 12,00 e R$ 15,00. Já em Bom Princípio, no Vale do Caí, o plantio de novas mudas foi concluído, mas as baixas temperaturas e chuvas frequentes impactaram a emissão de flores e a maturação dos frutos, embora o estado sanitário das lavouras esteja sob controle.
No município de Turuçu, região de Pelotas, as primeiras colheitas já começaram. As cultivares de segundo ano e os plantios precoces estão em fase de frutificação, mas o excesso de chuva contribuiu para o surgimento de pragas e doenças. A Emater informou que agricultores precisaram fazer reposição de mudas com problemas de origem. O preço médio na região gira em torno de R$ 40,00 o quilo.
Em Santa Maria, a alta umidade e a baixa radiação solar favoreceram doenças como mofo-cinzento e antracnose. Já em São Vicente do Sul, os produtores finalizaram o plantio e adotaram medidas preventivas contra fungos. Na região de Santa Rosa, as temperaturas baixas até estimularam a floração, mas a umidade em excesso e os dias nublados afetaram a polinização, resultando em deformações nos frutos. Casos de antracnose, lagartas e ácaros também foram registrados, com preços entre R$ 20,00 e R$ 30,00 por quilo.
Em Soledade, o tempo úmido favoreceu doenças fúngicas e atrasou o desenvolvimento das plantas, embora tenha havido menor incidência de oídio e ácaros. Em contrapartida, na região de Rio Pardo, a produção tem se destacado pela boa qualidade e produtividade, com preços variando entre R$ 20,00 e R$ 25,00 o quilo.
Segundo a Emater, a tendência é de que os preços continuem elevados enquanto as condições climáticas não se estabilizarem e a produção não ganhar ritmo em todo o Estado.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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