O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, afirmou neste domingo (2) que o acordo sobre minerais entre a Ucrânia e seus aliados está pronto para ser assinado. Durante uma entrevista à BBC, ele também comentou sobre as negociações com os Estados Unidos, destacando a importância de discussões "construtivas" para o futuro do país, sem se deixar envolver em disputas políticas internas nos EUA.
Zelensky afirmou que, devido aos desafios geopolíticos, não seria adequado manter todas as conversas abertas, já que isso poderia ser aproveitado por inimigos da Ucrânia. "Se formos construtivos, o resultado positivo virá", declarou, enfatizando a necessidade de avançar com negociações focadas no longo prazo.
Quando questionado sobre a possibilidade de retomar diálogos com Donald Trump, o presidente ucraniano lembrou que viajou longas horas para atender ao convite do então presidente dos EUA. "Estar na Casa Branca quando sou convidado é um gesto de respeito", disse Zelensky, reforçando que os EUA são um dos maiores aliados da Ucrânia e que sempre procurou uma aproximação bipartidária.
Zelensky também aproveitou para reiterar a posição da Ucrânia sobre a guerra com a Rússia. Ele destacou que a Rússia é a parte agressora no conflito e alertou contra qualquer tentativa de reescrever a narrativa da guerra, buscando uma falsa equivalência entre os países. "Não queremos nada que não nos pertença", afirmou.
Em relação a um possível acordo de paz, Zelensky rejeitou a ideia de entregar os territórios ocupados pela Rússia, classificando essa possibilidade como uma "separação forçada de nossas terras" e alertando que isso poderia gerar novos conflitos no futuro. "Os países que nos apoiam compreendem que, se o conflito terminar de forma injusta, será apenas uma questão de tempo até que as pessoas busquem essa justiça", concluiu.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
