Em São Borja, na Fronteira Oeste, cerca de 350 residências foram atingidas, principalmente na comunidade de Nhu-Porã. Moradores relataram que o granizo caiu intensamente por cerca de 10 minutos, com pedras do tamanho de ovos de galinha, destruindo telhados feitos de cimento amianto e zinco. A Associação de Moradores e diversos veículos também foram danificados. Apesar da força do fenômeno, ninguém precisou deixar sua casa.

Em Paim Filho, no Norte do estado, a chuva e o vento causaram danos em 60 casas, afetando de 50 a 60 famílias, conforme a Defesa Civil. "Às 10h da manhã ainda era possível ver o granizo nas estradas rurais", afirmou o coordenador Marlon Pereira, que também relatou prejuízos em plantações de laranja. As comunidades mais atingidas foram São Cristóvão e Auxiliadora.

A cidade de Itati, no Litoral Norte, também foi fortemente atingida. Ao menos 30 casas sofreram danos, especialmente na comunidade de Aratinga, na divisa com São Francisco de Paula. A prefeita Madalena Trisch destacou que a localidade é carente e que a prefeitura está mobilizada para prestar auxílio às famílias. Além dos danos materiais, um trecho da Rota do Sol ficou obstruído por três horas devido ao acúmulo de gelo e à queda de árvores, exigindo trabalho emergencial das equipes municipais durante a madrugada.

Em São Francisco de Paula, a chuva de granizo destelhou dezenas de casas na região de Aratinga, deixando famílias em situação de vulnerabilidade. Segundo a Defesa Civil local, cerca de 60 famílias foram afetadas, com 70% das residências tendo os telhados totalmente comprometidos. As secretarias municipais de Desenvolvimento Social e Obras estão atuando no local, e a previsão é de que mais de mil telhas sejam distribuídas ao longo do dia.

Apesar da intensidade dos temporais e do granizo, não houve registro de feridos nas ocorrências. A Defesa Civil segue monitorando as regiões afetadas e prestando suporte às comunidades.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper