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ERS-162 segue abandonada entre Santa Rosa, Senador Salgado Filho e Guarani das Missões, apesar de convênio assinado em 2022
Publicado em 09/07/2025 17:16
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Moradores e motoristas que dependem da ERS-162 seguem cobrando providências do Governo do Estado do Rio Grande do Sul sobre a situação de abandono da rodovia que liga os municípios de Santa Rosa, Senador Salgado Filho e Guarani das Missões. A estrada, ainda de chão batido, está em péssimas condições e já causou danos a veículos leves e pesados que precisam trafegar pelo local diariamente.

A revolta é evidente entre os usuários da rodovia. Olindo Reinehr, morador da região e trabalhador do setor de fretes, afirmou que a estrada “não está em condições nem para andar de carroça”. Já o condutor Beto Almeida, morador do Campo da Aviação, também relatou sua indignação e lembrou que, em época de campanha, muitos candidatos prometeram o asfaltamento da via — promessas que nunca se concretizaram.

Em dezembro de 2022, os três municípios interligados pela ERS-162 assinaram um convênio para viabilizar a pavimentação asfáltica do trecho entre Guarani das Missões e o entroncamento com as ERS-307/344, em Santa Rosa. O projeto de engenharia previa um investimento total de R$ 328.093,17, com participação financeira das três prefeituras: Guarani das Missões contribuiria com R$ 46.123,39; Senador Salgado Filho, com R$ 146.737,24; e Santa Rosa, com R$ 135.232,54.

Apesar do convênio, o projeto nunca saiu do papel. Questionado pela reportagem, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) informou, por meio de nota da assessoria de imprensa, que “aguarda a assinatura do contrato de conservação para iniciar as obras de melhorias na ERS-162”. Sobre as valas de drenagem abertas na via, o órgão apontou que o problema teria sido causado por um crematório particular, que teria unido sua drenagem à da rodovia, gerando fluxo inadequado de água.

Enquanto os entraves burocráticos se arrastam, a situação da ERS-162 piora a cada ano, com buracos, valas e trechos praticamente intransitáveis. A falta de manutenção e a demora na execução das obras seguem prejudicando moradores e o escoamento da produção agrícola e comercial da região. A cobrança, agora, é por ação efetiva do Estado para tirar a estrada do abandono e garantir segurança e dignidade a quem precisa dela todos os dias.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

Reportagem e fotos: Jornalista Sílvio Brasil/Lupa Notícias

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